
A pisada é realmente uma questão que vem cada vez mais confundindo o publico geral pelo excesso de informações, muitas vezes erradas, que existem na mídia.
Dentro dos conceitos da coordenação motora só existe uma forma correta de pisar, entrando com a lateral do calcâneo (calcanhar), passando pela borda do pé e depois em direção ao hálux (dedão) para que ocorra a propulsão da marcha na altura do primeiro e segundo dedos. Estes são os principais pontos de pressão que aplicamos no chão quando andamos.

Mas estes termos usados para descrever a pisada já estão caindo em desuso, pois dentro de uma variação normal todos pisamos em pronação, a diferença é que se o indivíduo faz menos de 7 graus de pronação ele é considerado "supinador" ou "subpronador", com 7 graus é considerado neutro e com mais de 7 graus "pronador".
Na foto a seguir vocês podem visualizar o que é a supinação e a pronação, mas estaticamente, pensem que estamos falando de movimento e a pronação ocorre durante a marcha.

A questão na verdade está no fato de que este ângulo de movimento pode representar a longo prazo um fator que leva à uma lesão, como o indivíduo pode sofrer adaptações posturais que compensarão essa angulação e pode não ter efeito nenhum sobre suas articulações.
Na dúvida é sempre bom consultar um Traumatologista do Esporte e um Fisioterapeuta Esportivo com esta visão global, pois dentro do trabalho de posturologia é possível se necessário melhorar um padrão de pisada, o que vai refletir numa melhora do padrão postural.
Em relação às palmilhas que também representam uma dúvida constante, costumo tratar primeiro e em um segundo momento avaliar a real necessidade de colocar uma palmilha como coadjuvante no tratamento, mas de preferência a palmilha proprioceptiva, que possui pequenas compensações ajudando a dar estímulos para alterar a marcha a longo prazo. Mas o principal instrumento que temos hoje para corrigir a marcha, sem sombra de dúvidas é a Força Dinâmica, um trabalho de reaprendizado da coordenação motora da marcha.